terça-feira, 24 de junho de 2014

Go Portugal porque natal é quando um Homem quer.

Muitas vezes sinto que me surgem ideias especificas para trabalhos de maquilhagem vindas do nada, mas sei que na realidade a minha capacidade criativa é sempre fruto das minhas vivências, memórias conscientes ou não, sentimentos e emoções.
Na maior parte das vezes não consigo reconstruir as influencias que me levaram ali, mas neste trabalho o processo ficou registado pela memória.
Estava a mostrar as imagens a uma pessoa que me perguntou:
- Como é que te lembraste dos galos de Barcelos e das bolas de Viana?
- Bem, porque fui ao IKEA e vi as decorações natalícias naquele estilo nórdico limpinho, tudo pintado em verde, branco e vermelho e lembrei-me que muitos das figuras representativas da nossa nacionalidade dariam decorações natalícias muito engraçadas, tanto pelas formas como pelas cores. As cores nacionais verde, ouro-amarelo e vermelho são perfeitas e já que nós enchemos os pinheiros com bolas de todas as cores. Luzes psicadélicas que fazem as crianças sentirem-se numa trip de ácidos e presépios com bandas em sofrimento por terem que tocar em cima do musgo, no meio das ovelhas, porque não colocar um galo de Barcelos aos pés do menino Jesus e levar o oiro na forma da bela ourivesaria portuguesa?
E foi assim.

Hoje partilho o making of dessa sessão, com informação técnica de maquilhagem e fotografias não retocadas, passo a passo.Podem ampliar e procurar defeitos ;)

1. Os meus trabalhos começam quase sempre com uma maquete. Rabiscos aqui e ali, porque gosto de arrumar as ideias, estabelecer estratégias e escolher materiais antes de começar. Neste trabalho a planificação era particularmente importante por dois motivos:
tinha pouco tempo para maquilhar, porque ia fotografar à noite quando a Rita e o Paulo estavam disponíveis e porque precisava de desenhar um stencil e corta-lo com tempo.
Também gosto de escolher os produtos que vou usar antecipadamente. Quando começo a maquilhar quero faze-lo de seguida, parar para pensar em escolhas de cores e produtos e ter que procura-los nas muitas gavetas de maquilhagem do atelier interrompe-me a fluidez da mão.

2. Queria que o cabelo tivesse aquele ar cândido das meninas saloias da Malveira nos filmes dos anos 50. Fiz umas tranças simétricas e apanhei-as ao alto. Confesso que não me preocupei muito com a parte de trás porque queria a imagem final frontal.
Colagem do stencil em vinil e esboço à mão livre do resto do desenho, com lápis dermatográfico.




3. Preparação da pele do rosto e aplicação de corrector e iluminador.
Touche éclat YSL #2. Geralmente começo por aplicar a base e só depois aplico os correctores mas nesta maquilhagem queria que a base Micro Foundation On Air da Kryolan, fosse o produto final.






4. Aplicação da base no rosto e no corpo com aerógrafo. Fácil, rápido e resultado garantido para Fotografia. Óptimo acabamento para body painting porque posso ver o esboço à transparência. Pistola Vega 2000 e compressor Kryolan.








5. Maquilhagem de olhos numa aplicação dégradé de dourado novo para branco dourado. Color Appeal, L’Oreal, #golden shimmer e #golden white. Linha das pestanas inferiores com sombra Viva Brilliant Color Kryolan #wild cherry.
Sobrancelhas penteadas com Supra Color Kryolan #golden.
Máscara de pestanas para obter definição e alongamento Telescopic Clean Definition L'Oreal, em preto.
Blusher Glam Bronzer, L’Oreal, #blond harmony. Contorno de lábios e sombreado, Comfort Lip Pencil, Versace #V2001.


6. Batom Lip Rouge Kryolan, #LF 104.



















7. Desenho do contorno dos galos e coração com Crayon khôl Yeux, Peggy Sage.










8. A detalhar o efeito da filigrana com Air Stream, Kryolan #gold. Este produto fortemente pigmentado comporta-se como uma aguarela se o deixar secar um pouco. Desliza bem com o pincel e não arrasta a cor anterior. Retoque das sombras e outline com Liner Resist, L’Oreal, #black.






9. Pintura do azevinho com Aquacolor, Kryolan #070, #071 e #512. Escolhi esta textura porque gosto do efeito macio e mate destas tintas de água.








10 e 11. Detalhe do colar. Os galos de Barcelos foram pintados com Supra Color, Kryolan #golden e #079. Eu queria que reflectissem um brilho especial na fotografia, por isso escolhi esta tinta de óleo.
Para um “brilhozinho” nos olhos colei um pequeno strass em cada galo.




12. Pormenor da maquilhagem e do cabelo.


13 e 14. Imagens do visual completo.







Simbolizar não é abandalhar.



Esta foi a imagem do postal de natal da Visualmais em 2011. No final de cada sessão são muitas as imagens que guardamos no computador e que nunca mais usamos, o que é uma pena. Ora, em semana de jogo, apoiar a nossa selecção parece-me um bom pretexto para voltar a usar algumas imagens. Ainda bem que só soube mais tarde que o pobre Élsio Menau estava em apuros legais por usar a Bandeira das Quinas numa manifestação artística, senão tinha pensado duas vezes.

Adoro o meu país mas não entendo este distanciamento reverencial à Bandeira Nacional.
Em Portugal o fato com colete é sinónimo de eficiência, é usado para impor respeito e em certa medida, intimidar. A bandeira é para ser vista na TV, ao lado do PR nas suas declarações ao país. Eficaz, respeitosa e intimidante.
Não somos ensinados desde pequenos a amar a nossa bandeira. Não como os Ingleses que a usam até estampada nas cuecas, com todo o orgulho. Achamos até que a nossa bandeira é um pouco fatela. Verde e vermelho na GUCCI é fashion mas na bandeira é piroso.
Eu acho que devemos usar mais este símbolo que nos representa nas nossas particularidades enquanto povo. Povo que além de ser 12 estrelinhas douradas no azul da Europa, é também único e diferente. E isso é estupendo.
Acho que devemos usar a nossa bandeira na fortuna e na pobreza, na saúde e na doença se assim o desejarmos. Porque ela é nossa e simbolizar não é abandalhar.


terça-feira, 17 de junho de 2014

Vida de Maquilhadora.

Foto estória, diário e agenda de uma maquilhadora.



A convite da Tânia estive na Produção do Tributo 2014, da marca portuguesa  Lupabiológica, laboratórios de cosmética para Cabeleireiros Profissionais. Num mundo imaginário onde pudéssemos escrever o futuro num diário, eu teria escrito esta estoria. O tempo verbal não tem nada a ver com o facto de eu ter problemas com os tempos no passado mas com a esperança de ter muitos outros dias como estes, no futuro.

Sexta feira, 13 de Junho


Preparação. Acondicionar maquilhagem, fazer malas, rever listas e planos. Pensar sempre que é melhor carregar mais uns quilos do que sentir que não fiz bem o meu trabalho por falta de material. Viajar para o campo, sardinhada, marchas, família toda, boa vida.


Sábado,14 de Junho

Dia 1. Acordar no campo e almoçar mais uma sardinhada com as outras maquilhadoras. Excluir a sangria porque trabalho é trabalho e Conhaque é Conhaque e as maquilhadoras não ganham a vida com a carta apreendida.
Mudança de “cheiro a sardinhas” para “cheiro a perfume” e “bora bora”. Paragem na estação de serviço  para bebida energética e água porque a sardinha com crosta de sal é melhor mas desidrata uma pessoa. O senhor da bomba deseja-nos um – Bom fim de semana, com cara de quem acha que estamos de folga e nós retribuímos com um sorrisinho amarelo tipo - Whatever (nós não usamos esta expressão mas pensamos). Sentimento contraditório este que todas sentimos. Uma das coisas boas desta profissão é viajar mas como não estamos de férias, a viagem significa afastarmo-nos da família. Chegar ao maravilhoso Porto para trabalhar na Alfândega, com esta vista sobre o Douro.





Encontrar condições de trabalho maravilhosas. Camarim para cabeleireiros, maquilhadores e criadores com espaço, luz e uma vista linda. Começar a trabalhar: equipar as makeup stations. Organização do trabalho: 3 maquilhadoras, quase 40 maquilhagens para fazer, 1 look. Todos prontos para o concurso The Best Model Acrobatic, check. Fim. Arrumar e reorganizar materiais para o dia seguinte. Sair e brincar com as cadeiras da animação. 

Domingo, 15 de Junho

Dia 2. Pouco dormidas, sair do hotel a prever uma chatice. A 15ª edição da Corrida de São João, impede-nos de chegar de carro à porta da Alfândega. Ao fim do dia temos que carregar o carro com toneladas de malas. Medo. Afinal corre tudo bem. Uns simpáticos Agentes da PSP indicam a direção para "quase" chegar à Alfândega. Estacionar o carro numa estrada com inclinação superior a 10%, aguardar a chegada da restante equipa porque com os looks de hoje, 3 maquiadoras, nem com milagres vão lá. Maquiar durante 12 horas com uma equipa de maquilhadoras e cabeleireiros que nos tocam no coração pelos mais variados motivos. São diferentes gerações de maquilhadoras com e sem experiência. Todas ensinam e aprendem algo. Gostam umas das outras, são todas amigas mas sabem separar o trabalho do lazer. A verdade é esta, o nosso ecossistema laboral parece descontraído mas existem regras e métodos a respeitar. Preparação e organização, hierarquias e funções. Maquilhar quase 40 pessoas sem parar, mas também sem quase dar por isso. Stress e mais stress, inevitáveis atrasos. Como o tempo voa quando estamos entretidos a fazer o que gostamos.



Fazer a ultima maquilhagem a meias com a Tânia. As mais novas divertem-se a olhar para nós e a fotografar a cena estranha. Não é um método convencional de trabalho mas funciona quando existe confiança e sabemos o que o outro par de mãos está a pensar.
Fazer retoques e acabamentos. Verificação do trabalho. Pois é. Temos que controlar a qualidade do nosso trabalho constantemente. Tudo ok. Num backstage descontraído e feliz a trabalhar com uma equipa de cabeleireiros fantástica, com looks magníficos do Dino Alves, e demonstração/espectáculo protagonizado por um mestre, mago dos cabelos, Filippo Sepe. Ele é tão bom profissional, sem palavras para descrever.


Captar momentos únicos e inesquecíveis - ou pedir para captar;) é tão bom quando nos divertimos a trabalhar. Gosto quando num único dia podemos maquiar bailarinos, cantores, manequins, animadores ... Olhar para os resultados do nosso árduo trabalho e reconhecer uma vez mais, humildemente, que uns sem os outros não fazemos nada, e que trabalhar com verdadeiro espírito de equipa é maravilhoso.


Maquilhar para um look divertido, doce e suave como as drageias bonjour da Arcádia do Porto. EMOTIcolors| quadro Candy Girls.


Colorações e cortes espectaculares. Cortados ao vivo e a cores, na frente dos convidados. EMOTIcolors| quadro Néon.



Convidado Especial Filippo Seppe. Penteados criados ao ritmo da música como um maestro a reger. Lindo. As fotografias não farão justiça. Colecção de vestidos em tons nude, do Dino Alves.



Lamentar não ter uma única foto do dia 1. Acabar o dia 1 com uma selfie. Felizes  num look estilo "kill me now", uma tendência de moda entre as maquilhadoras profissionais. É um estilo muito usado  no fim dos trabalhos.

A inspiração deste look é sabermos que quando chegarmos ao hotel temos que lavar 200 pincéis que têm que secar em modo acelerado. Bendita a desidratação do ar dos hotéis. As maquilhadoras acordam com o nariz e os pincéis secos.

Terminar o dia 2 com uma festa rápida. Tchin-tchin, mini hamburguer e toca a andar para o camarim. Vida glamourousa esta que termina a montar um Lego com 20000 peças de maquilhagem e a carregar a casa às costas.

Sair e sorrir ao ver navegar um barco com uma sonora festa a bordo (trabalhar naquele barco também não deve ser mau :).



Cear com colegas mas, em modo de amizade, o que não acontece todos os dias. Regressar ao hotel para cair morta na cama. Agradecer estes raros dias. Adormecer a sentir que fomos atropelados por um comboio que descarrilou na linha do tua.

Segunda, 16 de Junho

Acordar com vontade de fazer tudo de novo. Tomar pequeno-almoço com mais de dois milhares de calorias e  bora bora para Lisboa porque toda a gente tem trabalho à tarde.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Workshop de Maquilhagem Social | Noivas e Convidadas


Lançamos hoje o próximo Workshop na Visualmais.

Workshop de Maquilhagem Social
Tema | Noivas e Convidadas

Duração| 16 Horas
Data e Horário| 22 e 29 de Junho de 2014 das 10h00 às 19h00
Nº Max de participantes | 6
Local | Visualmais Atelier

Com a época dos Casamentos já em grande lançamos este Workshop a todos os interessados nesta área de trabalho. Maquilhadores, Esteticistas, Cabeleireiros e formandos das mesmas áreas.São também Bem-Vindos todos os profissionais que trabalham com noivas como Designers e Organizadores de Eventos.

Neste Workshop vamos abordar temáticas relacionadas com a maquilhagem para noivas e festas, desde o briefing e design da maquilhagem à importância da duração e da Fotografia.
Esta formação inclui conteúdos teóricos, demonstração técnica  e aula pratica dos participantes.

Os nossos Subscritores têm como sempre um desconto especial e podem pagar em 3x.
Para informações detalhadas contactem-me:  info@visualmais.com  





domingo, 1 de junho de 2014

A Ciência dos Milagres

A Ciência dos Milagres
“Os cosméticos e o efeito placebo”, ou “O engodo dos anti-rugas”?

Esta é uma Loooonga reflexão que vos proponho.

Hoje li um dos raros artigos que a Deco realizou sobre cosméticos. Esta Associação de Defesa do Consumidor publica na sua revista estudos comparativos de telemóveis, LCDs, Cameras Fotográficas e carros todos os meses, mas passa anos sem publicar um artigozito sobre cosméticos. Excepção para os protectores solares é verdade, mas esquecer os milhões de artigos que todos nós usamos? Todos sem excepção ? Desde o primeiro ao último dia das nossas vidas?

A conclusão quanto a este artigo é que os anti-rugas estão para a Estética filosófica – como a função estética está para o Design Industrial.Os resultados são muito curiosos com comparações entre marcas com todos os preços.
A Cosmetologia é uma ciência, não é Alquimia.
Em todas as formações eu digo isto. - Os cosméticos anti-rugas vendidos nos hipermercados obtêm os mesmos resultados que os cosméticos idênticos na alta perfumaria de luxo.

 Geralmente esta afirmação garante uma serie de rostos com olhares profundos que dizem,  – Vai gozar com outra, num misto de amor e ódio.

Mas parece que no teste comparativo entre o anti-rugas da Cien (Lidl) e o Rénergie Multi-Lift da Lancôme  “ganhou” o primeiro. A diferença de preço entre eles são uns estonteantes oitenta e três Euros e doze cêntimos. Sim, € 83,12.

Com isto querem dizer que o Cien cumpre a sua função utilitária, a sua função prática. “Repara” tão levemente as rugas, que a leitura tem que ser realizada com equipamentos de ampliação. Mas pronto, "repara" qualquer coisa e "repara" melhor.

Este estudo comparativo levou-me a pensar nas funções, conceitos que todos os estudantes de Design desenvolvem. Não existe apenas uma definição de função já que a função pode ser prática, estética, simbólica… Assim sendo o preço do resultado de um anti-rugas pode ser barato, se ignorarmos as outras funções.

Mas e se não conseguirmos ignora-las?

Quem paga esta diferença de preços entre o mesmo tipo de produtos está a adquirir as outras funções. A ilusão de quem se relaciona com as Estrelas do Cinema, a beleza da embalagem que transmite fiabilidade e harmonia e sejamos honestos, fica bem melhor na prateleira da casa de banho, cheira melhor e a textura ao toque é mais agradável .

Mas as grandes empresas dos cosméticos não vendem só cosméticos vendem ideologias e sonhos, vendem uma ilusão que para alguns é reconhecida como isso mesmo, uma ilusão que nos faz feliz. Estas empresas vivem da Psicologia e do Marketing.

Depois de ler os resultados dos testes observei melhor dois deles.

A embalagem do Cien é um pote atarracado, com uma tampa de rebordo bojudo, num amarelo em tom what is that? e umas letras horríveis, num azul arroxeado, a  gritarem devido à complementariedade com a tampa. E esta surpresa só surge depois de abrir a caixa de cartão que é um puro desperdício de papel. O reclame apresenta-nos uma Ilustre Desconhecida, senhora de cabelo loiro escorrido, a aplicar uma colherada de creme no rosto com sardas.

Já o frasco da Lâncome é uma elegância em gradação de roxo, régio, luxuoso, energético e misterioso. A tampa encimada pela rosa é boleada com perfil prata. O lettering é sóbrio e elegante. O Packaging exterior em cartão  envolve o delicado boião numa caixa perolada, com letras gravadas num sedoso azul. O orgulho de qualquer packshot.
Claro que a fotografia do Mario Testino com a belissima Kate Winslet não fica nada mal nas páginas das revistas femininas, já para não falar dos artigos editoriais que apresentam este produto. Estes artigos são tão bem, mas tão bem escritos que por momentos me parece impossível que tenhamos vivido até gora sem este creme capaz de “Em 4 semanas, as rugas atenuam-se e mesmo as zonas mais difíceis de liftar parecem visivelmente remodeladas” esta afirmação é da Lâncome, não é minha.

 E penso eu:

 - Era bom se eu também liftasse. Afinal aqueles testes científicos em X mulheres que os comprovam não deixam margem para dúvida!

E a luta começa no meu cérebro, o meu lado racional começa a sobrepor-se, o emocional lixa-me sempre nestas coisas. Penso melhor, - há e tal, oitenta e tal Euros é muito dinheiro por 50ml de creme.

E é aqui que entra novamente a relatividade da coisa. Se me apetecer ir às compras à baixa Lisboeta, e se ficar tarde e me apetecer dormir por lá? Vá lá! É só para demonstrar o meu ponto de vista. Se me apetecer dormir por lá, prefiro ficar no Avenida Palace embora a Pensão Nova Avenida fique ali a dois passos. Quer dizer, são duas unidades hoteleiras bem localizadas, com TV e WI-FI, duche e camas com lençóis lavados, certo?

-Pois tá bem mas o Palace é muuuuito mais bonito e cosy e os lençóis são mais fofinhos, a Net é mais rápida e tem robes e chinelos e montes de amenitys.

- Mas a Nova Avenida é mais barata, tem um sabãozinho com PH básico que arranca couro mas é asseadinha e também é só para dormir.

Ok, nada contra a diversidade de escolhas e variedade nas opções, o que eu defendo é que os Consumidores devem saber o que é que estão a pagar para puderem escolher o que querem pagar.

Não é porque a maioria de nós tem um carrito económico com baixa cilindrada, que os topos de gama desportivos e exclusivos desapareceram do mercado automóvel. O que eu queria era que parassem com a publicidade desonesta, que abusa dos estudos da treta e promete cirurgias sem bisturis.

Os cosméticos funcionam? – Sim. Não da forma , na quantidade, na rapidez e com os resultados milagrosos que alegam, mas funcionam. Com a fórmula certa, na quantidade exacta, no seu tempo, com disciplina e regularidade.

O marketing neste mercado é um insulto à inteligência de muitas pessoas. Pessoas que todo os dias usam cosméticos de forma esclarecida e consciente.Para mim é publicidade em modo de Alquimia.
E depois quando a época é de contenção é preferível dormir na Nova Avenida do que na rua, não é?

Para terminar, a palavra do dia. Placebo. A palavra placebo deriva de  placere na origem latina significa agradar, dar prazer, satisfazer.

- Any thoughts?